O Amazon Hopes Collective (AHC) agrega um grupo de cientistas e artistas indígenas, brasileiros e de outros países, bem como especialistas em saúde pública e desenvolvimento comunitário. Os membros do AHC, liderados por seus parceiros indígenas, têm uma longa trajetória de pesquisas e engajamento nessa região da Amazônia. O AHC está se preparando para enfrentar problemas atuais do Alto Xingu, como incêndios florestais, poluição, segurança alimentar e, mais imediatamente, o Covid-19.
Desde 2016, a Fundação Pennywise desenvolve atividades relacionadas aos objetivos da AHC, e tem coordenado as iniciativas comunitárias nas aldeias Kuikuro, assumindo a responsabilidade pela captação e pelo gerenciamento de recursos, planejamento e facilitação das ações.
Desde 2016, a Fundação Pennywise desenvolve atividades relacionadas aos objetivos da AHC, e tem coordenado as iniciativas comunitárias nas aldeias Kuikuro, assumindo a responsabilidade pela captação e pelo gerenciamento de recursos, planejamento e facilitação das ações.
Coletivo Amazon Hopes:
Equipe de monitoramento e resposta ao Covid-19:
Equipe de monitoramento e resposta ao Covid-19:
- Associação Indígena Kuikuro do Alto Xingu (AIKAX): Afukaká Kuikuro (chefe kuikuro), Yanamá Kuikuro (Presidente da AIKAX), Amunegi Kuikuro (Vice-Presidente da AIKAX), Kumesi Waura, Uaté Kuikuro e Huke Kuikuro (técnicos geoespaciais), Kauti Kuikuro (agente de saúde) e Takumã Kuikuro (Coordenador do Coletivo Kuikuro de Cinema e consultor da Campanha contra Covid-19 do Peoples Palace Project).
- Consultores científicos: Dra. Helena Lima (Museu Paraense Emílio Goeldi), Dr. Michael Heckenberger (University of Florida), Dra. Bruna Franchetto e Dr. Carlos Fausto (Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro), Dr. João Ricardo N. Vissoci (Duke University), Dr. Morgan Schmidt (MIT), Dr. Wetherbee Dorshow (Earth Analytic, Inc./Puente Institute), Bruno Moraes (colaborador do Museu Goeldi), Paul Heritage (Queen Mary U. Londres / People's Palace Projects do Brasil (PPP)
- Parceiros do projeto: People's Palace Projects do Brasil liderados por Thiago Jesus, Brenno Erick, Yula Rocha e Instituto do Homen Brasileiro (IHB)
OBRIGADO PELO SEU APOIO!
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Os Kuikuro são um dos 16 povos que compõem o Território Indígena do Xingu (TIX). São falantes de uma língua da família karib, uma língua viva, apesar do pequeno número de falantes e da pressão da língua dominante (português). Sabemos que os mais vulneráveis à Covid-19 são os idosos, mulheres e homens, guardiões dos conhecimentos tradicionais, da cultura, da língua e, acima de tudo, das memórias ancestrais deste povo.
Obrigado a todos por apoiar nossa campanha para levar suprimentos médicos e EPIs aos Kuikuro! Enquanto comemorávamos o sucesso de nossos esforços de captação de recursos, recebemos notícias ruins, mas previsíveis. Em junho os dois primeiros casos de Covid-19 foram confirmados em uma pequena aldeia chamada Sapezal. Hoje a doença já se espalhou entre as várias etnias, e já levou cinco lideranças. Uma das aldeias em nossa área de abrangência já conta com mais de uma dezena de casos. Agora, nossa tarefa é conter uma propagação ainda maior do vírus entre as aldeias. Os Kuikuro adotaram um bloqueio completo das aldeias, e junto com vários povos decidiram cancelar o mais importante ritual da cultura Xinguana, o Kuarup. Estamos todos trabalhando arduamente para evitar o pior cenário possível.
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Mesmo antes da crise do Covid-19, os povos indígenas do sul da Amazônia enfrentavam ameaças sem precedentes. O desmatamento generalizado, os incêndios e um governo hostil estão dizimando suas florestas tropicais e os deixaram lutando por sua própria sobrevivência. Agora, eles também enfrentam o novo coronavírus e a realidade de que uma única infecção, se espalhada, pode causar destruição da vida e da cultura nas aldeias. A comunidade indígena kuikuro da região do Alto Xingu está respondendo. Como parte de uma colaboração multicultural, o Amazon Hope Collective e os Kuikuro se uniram a outras comunidades indígenas e instituições para implementar uma resposta imediata à crise. Desde o início de março, os Kuikuro usam ferramentas geoespaciais modernas (disponíveis em sua aldeia por esforços recentes do Coletivo), de modo a criar informações precisas sobre as condições de saúde, bem como sobre a movimentação de pessoas e pacientes e o transporte de mercadorias na área. Isso lhes permitiu coordenar o planejamento e ajuste de respostas, considerando também o sistema de saúde brasileiro, para ajudá-los a lidar com a emergência sanitária. Esse modelo está tendo sucesso para proteger os povos do TIX, em uma colaboração que se estenderá após o Covid-19 a partir de iniciativas de amplo espectro e longo prazo.. Mas agora precisamos da sua ajuda para atender a essas necessidades imediatas.
ESPERANÇA NA AMAZÔNIA: EXPOSIÇÃO E OFICINAS |
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O Amazon Hope reuniu os especialistas mais intimamente envolvidos com o Xingu e os diversos povos indígenas que o chamam de lar. Seu objetivo era considerar conjuntamente a crise atual - a parte mais atingida da Amazônia - e comunicar sua vitalidade e importância aos parceiros interessados, doadores em potencial e ao público. Os incêndios desastrosos, que foram divulgados recentemente para o cenário mundial, atormentam a região há mais de uma década. Eles são o resultado das mudanças climáticas, das condições de seca prolongada, que se tornaram o novo normal no chamado arco do desmatamento do sul da Amazônia. Os esforços locais de prevenção de incêndios conseguiram conter o colapso das florestas tropicais da região, mas é necessário muito mais.
A criação de uma barreira de proteção, um “firewall” indígena no sul da Amazônia será uma ferramenta para proteger as terras, florestas, águas e seu milenar, e vivo, patrimônio cultural e linguístico. Através de uma tecnologia de ponta, os indígenas estarão capacitados para se defender contra a dizimação dos seus povos, suas terras e os meios tradicionais de subsistência. |